Poesias

Maria de Lourdes Dias Leite Barbosa

Titular da Cadeira nº 20

A língua está solta ao léu 

Perdeu-se no céu da boca 

Um beijo em quem encontrá-la

Bem vestida ou mesmo rota.

 

Língua solta na poeira

Nas feiras e povoados 

Correndo com os repentistas

Num galope galopado

 

Língua de sogra cortante

Bebendo de bar em bar

Calando a boca da noite

Num galope à beira mar

 

Língua comprida e suja 

Língua culta ou vulgar 

Dar com a língua nos dentes

É melhor do que calar

 

Não tentem dobrar a língua 

Mesmo de trapo ou ferina

Ela precisa estar livre

Para cumprir sua sina!

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