Francisco de Assis Martins

Titular da Cadeira Nº 15 - Patrono: João Anastácio Martins

 

 

                                                                                                                         

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João Rodrigues Ferreira

Titular da Cadeira Nº 18. Patrono: José Itamar Mourão.

 

Viagem Literária

            Através das letras, conheci o mundo sem nunca ter saído de meu país. Jamais cruzei a fronteira física de minha nação, mas sempre viajo no universo da literatura e visito grandes autores da literatura mundial. E, em silêncio, trocamos confidências e discutimos os mais diversos assuntos: literatura, poesia, sonhos e loucuras. Sim, o poeta é louco, o escritor é louco – o mundo é louco. Assim me disse Freud em uma tarde de chuva em seu divã. Shakespeare também me assegurou isso enquanto tomávamos um vinho em Veneza e batíamos um papo com Romeu e Julieta. Eu não acreditava muito em loucura até passar um fim de semana na Casa Verde de Itaguaí (graças a Deus o médico não me viu por lá), indicado por Brás Cubas; é, aquele mesmo que escreve do além; e adivinhem quem encontrei por lá: Dom Quixote de La Mancha em seu cansado pangaré Rocinante, e me contou muitas histórias de sua amada Dulcinéia, enquanto Sancho Pança tirava uma soneca.

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José Solon Sales e Silva

Acadêmico da Cadeira Nº 34 - Patrono: Cônego Francisco José Aragão e Silva

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Ana Lucila Aires Martins

Titular da Cadeira Nº 17 - Patrona: Maria Valderez Soares de Paiva

 

Tradição

 

E lá vou eu

Por tradição

Dar um Viva a

São Sebastião

 

Mais um janeiro de

E lá vou eu

Tudo mudou

Tudo passou

 

Dentro de mim a saudade ficou

Amigos partiram

Para não mais voltar

Cantos e desencantos

 

Nas ruas e praças

A procurar

Não sei o quê

Um porquê...

 

E lá vou eu

Manter a tradição

E dar um Viva

Com emoção

A São Sebastião!

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Francisco de Assis Martins

Titular da Cadeira Nº 15 - Patrono: João Anastácio Martins

 

“Sinos coração da aldeia”

Coração sino da gente

Um a sentir quando bate

Outro a bater quando sente”.

 

          E a cidadezinha do interior perdeu as batidas de seu coração. O SINO emudeceu e o povo chora seu silêncio.

          De repente o sino a Igreja parou de tocar. Não repicava quando morria um anjinho, soava compassadamente nas horas dos funerais, não anunciava a chamada das missas, não badalava na hora do ângelus. Havia um silêncio triste na Igreja Matriz, porque o sino parou de tocar. O velho sineiro, de barbas brancas, acostumado dar a vida ao bronze, nas manhãs de outrora, chorava em silêncio e se recusava a falar no assunto. O Padre, um ancião de 86 anos ficava zangado se alguém pedisse pra ele que fizesse vibrar o sino outra vez. O sino emudeceu é estava triste de verdade. 

          Procurei saber o motivo de tanta resistência em encobrir um assunto que o povo precisava conhecer. Busquei uma conversa com o acólito, com um carismático e nada. Certo dia na hora do sermão da Missa das 7 horas foi o próprio Padre (O Terrível Moraes) que fez a confissão do silêncio do sino da Igreja. Estava terminantemente proibido o sino da Igreja tocar por causa da teimosia do Sacristão em tocar a chamada da Missa atrasada. Perguntei ao sacristão, pessoa culta, bem educada, filho de sacristão, fiz a pergunta pra ele puxou o relógio de algibeira e falou:” só toco o sino pelo meu relógio”. Estava descoberto o mistério do silencio da Igreja.

          Dizem os fogueteiros que o Padre Moraes andava danado da vida porque o sacristão só tocava o sino com atraso de 10 minutos, e por pirraça ele começa a Missa 10 minutos adiantado. O Povo estava chegando à Igreja 20 minutos de atraso e se deu uma tremenda confusão, coisa peculiar do Moraes. Algumas beatas foram reclamar do Padre a confusão do horário. Após a Missa o Padre o sacristão e falou: “olhe, você tem que bater a chamada da Missa no horário certo, ouviu”?

          - E quem lhe disse que eu bato Errado? Aqui está o meu relógio. Herança do meu Pai. Bato por ele porque ele nunca atrasou.

          - Pois aqui está o meu também, herança do meu avô. E os dois ficaram discutindo hora e horas as horas de seus relógios de algibeira, herança de seus antepassados. Pareciam duas crianças birrentas diante de um brinquedo de estimação.

          Moral da história:

         

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