Rio de Janeiro - RJ
Ingresso: 20 mar 2021
DLN: Rio de Janeiro, 19 jan 1951
e-mail:
Madrinha: Francisca Ferreira do Nascimento
B i o g r a f i a
Nasci capricorniano em 19 de janeiro de 1951 no Rio de Janeiro, numa maternidade no bairro das Laranjeiras. Meus pais, Peggy (Péricles) e Lourdes moravam na casa grande de meus avós - Archimedes e Hedwiges (Nêne) em Ipanema, pois ainda não tinham recursos para ter uma casa (hoje seu primeiro andar é de minha propriedade). Passei minha infância sem camisa e descalço, correndo pelas ruas e praias. Aos nove anos, perdi meu Avô, e mudamos para a casa ao lado, na mesma rua Canning. Meu pai, e meu tio Thales eram arquitetos. Mas perseguidos culturalmente pela turma dos arquitetos dito "modernistas". Assim, um especializou-se em obras civis e outro em história das artes e arquitetura na academia.
Formei-me e casei, claro, com uma arquiteta, com a qual tive dois filhos- hoje um designer e outro mais um arquiteto. Somando na família éramos sete arquitetos. Fiz pós graduação em urbanismo.
Fui trabalhar no Banco Nacional da Habitação, onde moldei minha tendência nas questões sociais de habitação e infraestrutura urbana. Era empolgante! Também fui professor universitário (está no sangue) na cadeira de planejamento. Além disso, vários projetos de arquitetura, residenciais e prediais.
Um dia o Sarney extinguiu o BNH, justo na época em que me separei. Foi bem difícil. Mas sobrevivi, e fui parar na Caixa Econômica Federal como arquiteto, aonde quinze anos depois me aposentei como Gerente de Mercado de Habitação e Desenvolvimento Urbano, terceiro nível administrativo da empresa. E terceiro matrimônio.
Aí passei para área empresarial. projetos, e construções, em especial em marinas, dado minha relação com mar, em caça submarina, lanchas e veleiros.
Nessa época, visitando o escritório de meu Tio Thales, foi que descobri o importantíssimo acervo de arquitetura de Archimedes Memória, guardado a sete chaves há mais de cinquenta anos desde seu falecimento.
Sabia que seria minha responsabilidade divulgar o mais importante acervo de arquitetura eclética e historicista do Brasil, pois era absolutamente inédito, ambicionado por vários institutos de arquitetura, pois sabiam de sua existência. Mergulhei nas pesquisas, sozinho, e depois de seis anos, após idas e vindas, negado apoio financeiro da antiga "Lei Rouanet", e em 2008, logrei publicar com recursos próprios pequena biografia de Archimedes. Fui convidado para lançar o livro no Ipu, e lá durante uma semana, conheci verdadeiramente as razões que levaram Archimedes a tal projeção , nas questões de ética, moral, educacional e cultural. Recebi o título de cidadão Ipuense da Câmara Municipal em 11 de novembro de 2008. Fiz grandes amizades e conheci meus familiares.
Confesso que senti muito medo, pois seria a primeira vez que algum arquiteto criticaria os "dinossauros" da arquitetura contemporânea no Brasil - Lucio Costa e Oscar Niemeyer, além de que não tive qualquer formação em letras, e me expus! Iria certamente ser trucidado!
Qual minha surpresa: o livro foi um sucesso nacional. Não ganhei dinheiro, apenas repus o que gastei, mas me dignei ao resgatar aquela história, escondida "embaixo dos tapetes" na cultura arquitetônica brasileira. Hoje, com o apoio do Conselho de Arquitetos e Urbanistas CAU/RJ, tal acervo está sendo restaurado e disponibilizado a pesquisadores, no Núcleo de Pesquisa e Documentação de Projetos da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e é considerado como o mais importante acervo daquela faculdade.
Tais estudos fizeram-me a cursar matérias de restauração de patrimônio imobiliário na PUC/Rio, com gente ligada ao IPHAN.
Gostei de escrever. Assim, animei-me a continuar. Parti para contar histórias no mar, começando com as de meu Pai no início do esporte de caça sub no Brasil, e algumas de veleiro minhas, lançado em 2013 num clube náutico em Copacabana, o Clube dos Marimbás. Lá lançarei também meu novo livro que acabei de escrever, relativo às experiências de projetos habitacionais e urbanas do Banco Nacional da Habitação, o mais novo resgate que considero de extrema importância para o Brasil.