Feliz por um triz!

 

Sentado 🪑 na calçada, justo café ️ na mesa de uma pequena padaria, na pequena e chuvosa Guaramiranga, pude ver que a velha senhora desconhecida atravessou o portal de sua casa, se benzeu e saiu...

Pra onde ?

Ninguém sabe, ninguém viu.

 

Passou a chave na porta de casa, estava bem agasalhada , máscara no rosto e lenço no cabelo grisalho.

A desconhecida crê que o único lugar do mundo onde está em segurança é em casa.

Talvez, seja feliz por um triz, mal escapa aos olhos  curiosos da vizinhança, de um pedestre mal humorado, de um motorista mal educado, segue se benzendo, pedindo proteção, ao mundo invisível, aos anjos e santos, algum protetor familiar desencarnado. Não se sabe quem.

E é possível que ela retorne pra casa  em paz, intacta, desviada de todo mal alheio, da bala perdida, do vírus 🦠 escondido, que passou raspando, tirando até seu verniz.