Poesias

Maria Silonildes de Mesquita

Titular da Cadeira nº 38

Nas entrelinhas!

Nas entrelinhas de mim

Me reescrevo, guardo segredos e fatos

Que somente alguém muito perceptivo chegará perto de compreender

Não pretendo ser obscura nem tão pouco enigmática

Mas oculto as metáforas que silenciam em minha alma

No recôndito de mim

Sou leve, indelével, pesada, sou rasa e sou profunda

Tudo dentro de um templo sem paredes, onde armo minha rede nas minhas doces ilusões  e deito meu pranto no chão de nuvens do meu castelo

Onde ali vou escrevendo nas curvas da vida,

Fatos, ilusões e confissões retiradas de dentro de mim

Onde possam sempre serem lidas e interpretadas erroneamente

Porque na minha cabeça tudo é claro e único

Mas quando aprisiono no papel

Viro alvo de interpretações e curiosidades

Mas verdadeiramente, ninguém adentrará na alcova dos meus segredos!

Fortaleza,15/08/2021

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