José Solon Sales e Silva
Titular da Cadeira Nº 34
É amar a terra.
É viver
É conhecer os recantos
É reviver
Seu poeta me desculpe
Mas versos não sei fazer
Sei que quebrado é o pé
Mas sentimentos quis trazer
Lembrar do Gonçalo
O Monsenhor
Mas ainda
O Gouveia
Viajando pela memória
O Memória, arquiteto
O Marrocos, Aragão
O Sr. Nenzinho, o da feira.
Ser ipuense
É sentir a bica
É tomar banho no Gangão
Depois de tomar na bica.
Gostar de amar
Amar
A terra que é sua
Ser ipuense
Lembrar do Cauby
Do Morais
Do Nonato
É ser religioso
Ser ipuense
É o Ipuçaba
É o Bonito
É Marruás é Barrinha
Sou ipuense
De tempos atrás
De tempos futuros
Conterrâneo dos Abílio
Dos Martins
Dos Magalhães
Dos Aragão
Dos Mourão
É também conhecer os Lima
Os Pereira
Os Taumaturgo
Os Soares e Mozart
Ser ipuense
É lembrar do Isaias
Do Sr. Gerardo Aires
Do Sr. Vicente Rocha
Ser ipuense
É saber quem foi
Dr. Rocha e Etinha
Antônio Solon e Bastos
Também os Belém
O engenho
Os Torres
E os Abdias
Timbó, vindo de Tamboril
Moacir, professor
Thomás de lá mesmo
Farias o meu pai
Os Melo da serra
O Francisco professor
A Nátalia do primeiro
Correio do Ipu
Quem é ipuense
Sabe o que escrevo
Quem não é
Imagina
Evandro, Lopes
Antônio Cícero
E Chagas Pinto
Viraram ipuenses
Todos são daqui
Sebastiãozinho o da farmácia
Gracinha do Dião
Viraram ipuenses
Solon do Tamboril
Masales também
Evangelista da Maria Pereira
De Tamboril veio Margarida
Vivemos, estamos
Versos não há
Sentimentos muitos
Pelo que há
Maria Assis?
Maura Assis?
Roseli Assis?
Morreram solteiras
Manuel Assis
Casou-se duas vezes
E fez muito pão.
Nos alimentou.
Tomas Correa
Aires
Martins
E os Magalhães
Ipuenses da gema
São muitos e todos
Amor e paixão
Pelo torrão
As lapinhas do Raimundo
Festejado decorador de andor
As precisões de São Francisco
Organizadas por Pedro, o Tavares
Nasci no Ipu
Em um quarteirão
Onde todos migraram
Para o Ipu
Seu Bastos e D. Maria Dantas
Da Chapada do Apodi
Antônio Solon e Maria Sales
Dos sertões do Tamboril
A casa do lado
Era do Chagas Pinto
Na esquina Pedro Tavares
Dos mares do Camocim
Eram eles menos ipuenses?
Com certeza não
Eram ipuenses por opção
Por concepção
Antônio Martins
Filho de Abílio Martins
Amigão do meu pai
De tempos sem fins
Abílio Secretario de Segurança
Político ascendente
Humorista permanente
Ipuense pertinazmente
Ser ipuense?
É amar a terra
É sentir o ar
É verso sem pé
Sou ipuense
Sem pé no verso
Amo esta terra
Em genuflexão
Seu poeta me desculpe
Mas versos não sei fazer
Sei que quebrado é o pé
Mas sentimentos quis trazer
Simplesmente sou ipuense!!!
Coco, 21/09/2017