Crônicas
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José Solon Sales e Silva
Titular da Cadeira Nº 34 - Patrono: Cônego Francisco José Aragão e Silva

            Existem muitos. Branco, carioca, de corda, fradinho, joio, preto, rosinha, vermelho. Certamente existem outros. A organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO diz que ao redor do mundo existem mais de 150 variedades de feijões, com diferentes cores, texturas e sabores.

            Falando de texturas e sabores minha memória registram dois deles. O de corda e o preto. São os melhores nomeu sabor e textura e, certamente tem uma explicação. Feijão de corda cresci comendo. Meu pai, que tinha fazenda, a Fazenda Campo Nobre, em Tamboril, “plantava de meia” com alguns moradores (um verdadeiro feudo em pleno século XX). Colheiam-se muitos e muitos quilos que eram acondicionados em silos de metal com capacidade para até 200 quilos. Dai retiravam-se para o consumo durante todo o ano. Feijão divino.

            Tempos depois, minha amada irmã Socorro, casou-se sob as bençãoes do Monsenhor Morais e São Sebstião e migrou para o Rio de Janeiro. Ia passar férias na antiga capital federl. Na hora do almoço tinha sempre o feijão preto. Extranho para mim ao primeiro contato, porque no Ceará ele não era apreciado, a a textura e o sabor me agradaram desde a primeira garfada. Bom, por demais. E aprendi a degustar o feijão preto na casa da minha irmã.

            Hoje, gosto, aprecio e me alimento dos dois o de corda e o preto. Sabores e gostos de memória são os melhores.

Paracuru, 29/03/2024.