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Maria Alves de Paiva, carinhosamente conhecida como Dona Branca, é uma figura icônica na localidade de Alegria, situada no município de Ipu, Estado do Ceará. Seu legado transcende gerações, marcado não apenas pela longevidade, mas pela habilidade ímpar de moldar o barro, uma tradição que ela abraçou desde dos 10 anos idade, sob a orientação sábia de sua avó. Dona Branca, além de ser uma guardiã das tradições culturais, teve uma jornada de vida rica e multifacetada. Aos 16 anos, casou-se com Raimundo Alves de Paiva, e dessa união, nasceram 12 filhos, expandindo assim sua linhagem que hoje se estende por 42 netos e 14 bisnetos. Sua história de vida é entrelaçada com os valores da família, comunidade e tradição artesanal. A arte de modelar o barro, uma tradição que transcende os anos, é o coração do legado de Dona Branca. Iniciando-se na prática aos 10 anos, suas mãos habilidosas deram forma a peças únicas que se tornaram testemunhas do passado e guardiãs da cultura local. Sua avó, figura central em sua infância, transmitiu-lhe não apenas a técnica, mas também os valores intrínsecos a essa arte milenar. Nascida em 17 de julho de 1941, Dona Branca foi devidamente reconhecida por suas contribuições culturais. Em 2005, o Governo do Estado, através da Secretaria da Cultura, conferiu-lhe o título de Mestra da Cultura. Esse reconhecimento não apenas honra sua maestria na confecção de peças de barro, mas também destaca sua importância como preservadora e transmissora viva de uma expressão artística que é patrimônio imaterial.

A vida de Dona Branca é um testemunho da resiliência e da vitalidade das tradições culturais. Suas mãos, enrugadas pelo tempo, ainda moldam o barro com a mesma destreza e paixão de sua juventude. Seu compromisso em ensinar às gerações futuras, seguindo a tradição da região, é uma peça-chave na preservação desse patrimônio cultural, garantindo que a riqueza da arte em barro de Alegria continue a encantar e inspirar. A história de Dona Branca é um tributo à perseverança, à transmissão de conhecimento e à beleza intrínseca encontrada na simplicidade de moldar a terra com as próprias mãos.

Cito que a professora Larissa Gabarra, vinculada ao Instituto de Humanidades (IH/UNILAB), em uma entrevista a mestra ceramista Dona Branca, a mesma é um tesouro vivo do Estado do Ceará e natural do município de Ipu-CE.

Ipu na terra que sempre me acolheu muito bem e onde eu conheci uma pessoa que eu gostaria de homenagear uma pessoa me emociona a falar dela gostaria de homenagear a mestra da cultura Dona Branca, assim então se conterrâneos amigos admiradores da Dona Branca homenageado da minha fala é uma homenagem a ela. Gilmar de Carvalho, SIMPÓSIO IPU – 2011.

Neste olho do Ceará o que interessa é o que gera lucro que chama atenção e da mídia não existe espaço para uma figura iluminada como Dona Branca louceira da Alegria localidade a 4 km de centro urbano do Ipu na branca mantém uma tradição que vem do oco do tempo de vendas entranhas da terra e modela com as suas mãos ágeis e segura essas panelas a unidades vasos cuscuzeiras harmonia com que da forma uma panela dialoga com equilíbrio que vem sendo como uma meta do homem desde que passou a construir utensílios para a vida e para a morte querem que sejamos alegres existe uma cobrança neste sentido como se todos cearense fosse obrigado a ser humorista claro que não se pode negar o irreverência revendo de tempos mais remotos e que pode até ser colocada como herança indígena visto que Portugal cultua a saudade o Fado e a tristeza pela perda de uma importância que teve no tempo das navegações da expansão de um domínio e de um império que se alastrava pela Europa pela América asa.
Gilmar de Carvalho, SIMPÓSIO IPU – 2011

Por tanto cito a fotógrafa Marília destaca a entrevista com Dona Branca, mestra ceramista respeitada do município de Ipu. "É pessoa encantadora, apesar dos problemas ela não fala da vida com pesar. Pelo contrário, surpreende seu amor pela vida, pela família e pelo ofício". Diário do Nordeste Premiada série do DN: 'Mãos que fazem história' vira livro e destaca a ipuense Dona Branca março 07, 2012