Cadeira Nº 26
Patrono
José Oswaldo Araújo
Acadêmico:
Iran Coelho Malaquias (2º Ocupante)
Posse: 14 Jan 2022
Antecessora:
Maria de Jesus Lima (1ª Ocupante)
Posse:
19 Jan 2007
Acadêmica Emérita em:
DN: 4 Jul
Admissão como acadêmica emérita:
10 de outubro de 2020
DISCURSO DE POSSE DE IRAN COELHO MALAQUIAS NA ACADEMIA IPUENSE DE LETRAS, CIÊNCIAS E ARTES (AILCA), NA CADEIRA 26 EM 14 DE JANEIRO DE 2022, PASSADA NA SEDE DA ACEDEMIA.
Sras. e Srs., boa noite!
Em nome do presidente desta confraria, o Sr. Francisco Martins de Souza Torres, que hoje deixa a gestão, e do Sr. Henrique Augusto Pereira Pontes, atual presidente: saudamos a todos com um cordial boa noite! Em nome dos acadêmicos que fazem a AILCA, cumprimentamos aqueles que nos assistem pelos meios virtuais de comunicação! Em nome do presidente de honra desta casa, Dr. João Martins de Sousa Torres, saudamos às autoridades presentes!
A simbólica atitude de gratidão, pelo seu valor imensurável, deve ser reinterada incasavelmente, pois tal gesto purifica a alma, dignifica o homem; ao passo que engrandece, honra e entusiasma o agraciado ou os agraciados. Conforme Shakespeare, “a gratidão é o único tesouro dos humildes”.
É com esse gesto de cortesia e reconhecimento que damos início ao nosso discurso de posse: primeiramente agradecemos ao Grande Arquiteto e Criador do universo, pelo dom da vida. A família, pelo apoio em todos os momentos, principalmente naqueles mais difíceis; aos incentivadores da nossa filiação neste sodalício, que por motivos relevantes os fizeram acreditar em nossa capacidade e potencial, para contribuir com a cultura ipuense - confrades: Cel. Martins, Olívio Martins, Francisco Melo; às confreiras: Natália Viana e Francisca Ferreira. Obrigado pelo crédito! Agradecimentos também a todos os confrades e confreiras que confiaram seus votos a favor do nosso ingresso nesta entidade de disseminação cultural.
Coube-nos a honra de aceitar o convite de ocupar nesta casa a cadeira de n 26, que tem como patrono o egrégio escritor, jornalista e poeta, José Oswaldo Araújo. Intelectual de grande expressividade, prestigiado nos meios culturais do Estado do Ceará e do Brasil, ainda na vigência de sua contemporaneidade; assento este, que outrora foi ocupado pela conceituada profissional da saúde do nosso Estado, a enfermeira, Sra. Maria de Jesus Lima, que soube se portar e conduzir com zelo e dedicação aos mandamentos estatutários que regem essa entidade, e que hodiernamente passou a compor os quadros de Acadêmicos Eméritos desta instituição, donde cremos que ela continuará, na medida do possível, a colaborar para o engrandecimento da nossa cultura. Desta forma, é com bastante orgulho e com profundo sentimento de comprometimento, que outorgamos a anuência da oficialização desse grandioso desafio, no qual nos agiganta às responsabilidades, e nos apequena a figura, ante o vulto dos iminentes antecessores.
Já dizia o grande filósofo grego, Aristóteles: “a educação em raízes amargas mas os seus frutos são doces”. Essa máxima nos dar um reflexo, do qual salientamos, que possuímos a plena convicção de que o compromisso que assumimos hoje é árduo, complexo e desafiador. Pois ser membro da AILCA, entidade representante maior da cultura ipuense, requer um esforço proeminente de dedicação e primazia, voltados, não para o engrandecimento individual, e sim, para o bem coletivo da nossa cultura; em razão da incumbência dogmática que é outorgada através do mister do dever e da responsabilidade aos membros desta confraria, em instigar com que a fagulha intelectual que se manifesta em nosso eu, possa iluminar outras mentes, como forma de incentivo e estímulo a divulgar e dar continuidade ao legado dos nossos antepassados, que em épocas longínquas tiveram a brilhante ideia de se agrupar e fundar um gabinete de leitura em nossa cidade – marco inicial e histórico do alastramento educacional – alardeado incansavelmente com o propósito de difundir a centelha do conhecimento e do saber, sobrepondo o nefasto breu da ignorância, que insiste em assolar o tirocínio do nosso povo; e que após um interregno longo de inatividade de promoção cultural, nos moldes de associação, eis que surge a AILCA, para retomar e dar seguimento a propagação das diversas manifestações e produções artísticas que florescem no afamado torrão-cultural ipuense, através do esforço coletivo de ideias e saberes dos seus membros, somado a sinergia de parcerias com outras entidades, órgãos, instituições e a sociedade, com a prioridade de popularizar e reverberar a educação, para que no agora e no porvir possamos colher os doces frutos.
Portanto, temos a audácia de acreditar na soma de nossa parceria com os ilustres acadêmicos dessa congregação e demais colaboradores afins, para que juntos possamos perenizar e mantermos acesa às chamas dos valores intrínsecos da nossa história, costumes e cultura, mediante as possibilidades de transformações que a educação, através de suas faculdades revolucionárias, nos harmoniza e nos incrementa a superar os desafios entrevados do obscurantismo inculto e avassalador que tem perpassado gerações, e que de forma acintosa, dentro da era da informação, insiste em defenestrar a simplória e virtuosa sapiência, contagiando mentes pulsantes com sua ociosidade tétrica e prazeres sem esforços. Então, diante dessa contenda infindável entre o culto e o inculto, oferecemos o nosso engajamento junto a esta entidade – AILCA – que aliado com o tempo e nossas subjetivas verves, hão de nos lampejar com fontes generosas de erudição, entusiasmo e incentivo, para que juntos, disseminando a cultura e a didática do conhecimento, possamos gladiar, e, quem sabe um dia, vencer o cúmulo da ignorância.
Que Deus nos ajude nessa jornada!
Muito obrigado!