Joaquim Maria Machado de Assis
(Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 - Rio de Janeiro, 29 de setembro de1908).
É considerado amplamente pela crítica como o maior escritor da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários: poesias, romances, crônicas, contos além de ter sido jornalista e crítico literário.
Filho de um pintor de paredes empobrecido, Machado de Assis conseguiu fazer parte da elite literária, apesar de ter recebido pouca educação formal e nunca ter frequentado uma universidade.
Aprendeu sozinho o francês e o inglês e em 1897 fundou a Academia Brasileira de Letras, tornando-se o seu primeiro presidente.
Sua extensa obra constitui-se de nove romances e peças teatrais, duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas.
Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde se notam características herdadas do Romantismo.
A segunda fase como escritor, o realismo, teve início com a publicação do romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), seguido por outras produções: Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, em que se percebe traços de pessimismo e ironia.
Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público. Influenciou grandes nomes das letras, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade e outros. Em seu tempo de vida, alcançou relativa fama e prestígio pelo Brasil, contudo não desfrutou de popularidade exterior na época. Hoje em dia, por sua inovação e audácia em temas precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores do mundo inteiro.
Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.
Abilio, 19 jul 2015